Quem sabe ainda sou uma garotinha..

Semana passada descobri o quanto sou impulsiva, minha impulsividade talvez nem seja saldável, é. Como eu já postei aqui, ela já me fez fugir de casa por .. um menino (?) , quer dizer, nem eu sei se ele foi mesmo o  motivo maior de eu ter ido pra lá, ou se foi só para ter histórias pra contar pros meus netos. Sim, por que se tem uma coisa que eu sonho em fazer, é estar velhinha, quando o mundo for ainda mais perdido do que já é atualmente, sentada num sofá com uns três netinhos contando pra eles tudo que eu já vivenciei, e passando minhas experiências pra eles, apesar de que, talvez, pra eles isso nem sirva mais, os tempos vão ser outros... mas como eu já falei aqui também, descobri que ainda cultivo fantasias, lembranças, hipóteses.. falsas. E isso me machuca tanto quando eu penso que talvez não seja real, que tudo não passe de um sonho meu, ou que nem tudo tenha acontecido do jeito que ficou na minha memória. São mentiras, é isso, mentiras em que eu prefiro acreditar. Existem coisas que eu invento que me convencem tanto, que até eu acredito, e que as vezes, por um lapso de realidade, eu me lembro de que não foi assim que tudo aconteceu, e me desespero, por que tudo seria tão diferente se tal coisa tivesse realmente acontecido de tal jeito... E esses lapsos costumam vir a minha cabeça de repente, quando estou começando a me convencer da minha mentira, minha mentira que me faz bem, minha mentira que me faz querer seguir, seguir sozinha, sem medo, e isso me destrói, acaba comigo mesmo, me põe no chão e me pisa. Depois de tanto tempo suportando isso, acabo sofrendo em silêncio, treinando &¨adestrando minhas emoções. Penso até que pode ser impossível fazer de um robô, uma pessoa real, mas não tão difícil tornar uma pessoa real, num robô. Espero que a frieza que isso me traz não me transforme numa máquina que vive feliz, que ajuda todo mundo & que se preocupa com os problemas alheios como se não tivesse os seus próprios problemas.

Não espero ser feliz, e sim, verdadeiro.